Pode parecer um pouco tolo mais um blog falando sobre auto-ajuda, especialmente os tão famigerados livros de auto-ajuda, mas eu me explico.
Como professora de história e intelectual, que me considero, durante muito anos da minha vida, nutri, como a maioria dos acadêmicos e pessoas que se pensam acima da média ou da "massa", um imenso preconceito a respeito desse tipo de leitura.
Porém, meu lado espiritual levou-me por caminhos inusitados e me fez repensar a respeito de todos (ou quase todos) os preconceitos que havia adiquirido durante minha vida e meus estudos.
Essa mudança se refletiu tanto na minha vida pessoal quanto nos meus gostos e nas minhas "incertezas" eternas e inalteráveis como "Harry Potter é horrível" e "João Guimarães Rosa é um gênio". Hoje acho controvérsias como essas um tanto ultrapassadas e pedantes.
Que Grande Sertão Veredas é um clássico, assim como outras obras do escritor o são, não se discute, até porque não estou aqui para discutir literatura, mas para tentar desmistificar a quanto há de realmente ruim em Harry Potter.
Pelos caminhos tortos da vida me deparei com demasiadas coisas que fizeram-me pensar - o que será pior: um aluno de 11 anos que não sabe entender o significado de uma simples frase ou até mesmo, mal consegue diferenciar as silabas de uma palavras, ou um adolescente da mesma idade que se diverte e cria o hábito da leitura a partir da saga do bruxinho inglês?
E o que o Harry Potter tem em comum com livros de auto-ajuda?
Ambos são considerados por uma considerável parcela da população letrada e dita intelectual, como uma perda de tempo, devido a falta de qualidade que ambos representam, por tratarem-se de leituras fáceis, com histórias simplistas, onde o bem sempre vence o mal (no caso de Harry Potter) ou se utilizam de clichês para ajudarem as pessoas melhorarem suas vidas (esses, os livros de auto-ajuda).
É exatamente neste ponto que eu queria chegar.
Mas devido a falta de tempo, a continuação dessa divagação fica para uma outra hora.
see you soon and bye.
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