Liberdade?

"LIBERDADE É POUCO. O QUE DESEJO AINDA NÃO TEM NOME" (PERTO DO CORAÇÃO SELVAGEM)
Clarice Lispector





segunda-feira, 17 de abril de 2017

Publicando de um site que eu esqueci de pegar o link

Pessoal eu peguei esse texto em um site muito legal, porém no dia esqueci de salvar o link, porém, deixo aqui a observação de que esse texto NÃO É MEU.
Se alguém souber qual é o site ou a autoria do texto peço a gentileza que publique nos comentários e eu coloco a citação e o endereçamento a ele com todo prazer.

"Qualquer pessoa que menstrua sabe que este processo completamente natural, necessário e inevitável do corpo humano vem com uma carga social grande e repleta de medo e vergonha. Apesar das mulheres passarem até 10 dias por mês lidando com mudanças no corpo relacionadas ao período menstrual e experienciar este evento por décadas de suas vidas, nós ainda esperamos que a menstruação seja quieta, limpa, bem escondida e longe de qualquer olhar. As mulheres são tão condicionadas a se sentir constrangidas e envergonhadas em relação à menstruação que muitas em algum momento já se sentiram desconfortáveis durante a compra de absorventes, por exemplo, e aterrorizadas só de pensar em um pingo de sangue aparecer em público.

Mas por que falar sobre menstruação tem que ser um tabu tão grande? Justo a menstruação que é tão natural. E com todos os riscos para a saúde que podem resultar da falta de educação menstrual, nós deveríamos estar trabalhando para tornar a conversa sobre menstruação mais normal e não o contrário. Ativistas da menstruação concordam que nós deveríamos ao menos tentar fazer com que o tema “menstruação” seja visto com mais naturalidade, mesmo que os resultados não possam ser vistos tão rapidamente. Elas também concordam que existem coisas que podemos fazer para ajudar.

Se você está se perguntando o que você pode fazer para tornar as conversas sobre menstruação mais naturais, menos envergonhadas e menos estranhas, então continue lendo. Nós separamos cinco pequenos gestos que podem ajudar a normalizar essas conversas. Porque nós temos o direito de falar sobre o funcionamento normal dos nossos corpos sem sentir vergonha.

1) Aprecie a beleza da menstruação
Quando pensamos no sangue menstrual esquecemos que ele faz parte de um processo natural e até misterioso do corpo humano. O sangue menstrual manteve cada um de nós vivos no útero de nossas mães durante nove meses. Este sangue capaz de gerar uma vida é algo do qual deveríamos sentir orgulho, não vergonha.

2) Entenda a verdade por trás do marketing da vergonha
Desde comerciais de absorventes que prometem manter o seu segredo sujo seguro atrás de uma saia branca até sabonetes perfumados com neutralizadores de odor que prometem deixar sua vagina limpa e cheirosa. Vaginas não são sujas! O marketing da vergonha existe em uma tentativa de gerar insegurança para perpetuar a demanda por seus produtos desnecessários e mercantilizar a menstruação. O que eles dizem aos clientes não são verdades, são apenas uma forma de ganhar dinheiro. Nunca esqueça disso.

3) Entenda como a vergonha da menstruação machuca as pessoas
A vergonha da menstruação está em todos os lugares e ela nunca é aceitável. Nós vemos esta vergonha em todos os lugares e crescemos com ela no nosso dia-a-dia. Mas tudo isso não é nada se comparado com a realidade vivida em países como a Índia, por exemplo. A menstruação lá é um tabu tão grande que o país se tornou incrivelmente perigoso para mulheres que menstruam.


Em algumas partes da Índia a educação menstrual é tão fraca que chega a ser um perigo na vida de meninas. Elas tem tanta vergonha até de pedir panos limpos às suas mães que acabam tendo sérias infecções por este motivo. Em um desses casos, uma menina de 13 anos teve que fazer uma cirurgia para remover o útero, um procedimento que a deixou “marcada” para o resto da vida como uma mulher estéril.
A vergonha da menstruação não é apenas ofensiva e perturbadora emocionalmente, mas fisicamente prejudicial. Se começarmos a levantar estes tópicos, quem sabe até as pessoas que se sentem desconfortáveis para falar sobre a menstruação podem se sentir desafiadas a tentar normalizar estas conversas, já que elas são tão importantes.


4) Seja sincera sobre as partes boas e as ruins
Com o seu médico, sua melhor amiga ou sua mãe, seja sincera. Você não precisa fingir que está tudo bem se não está. Cólicas, cansaço, irritabilidade e mudanças de humor são perfeitamente normais e acontecem com a grande maioria das mulheres. Seja sincera sobre o que você sente, peça ajuda se necessário e aprecie a liberdade de não ter que esconder os sintomas de estar menstruada.

5) Comece a falar sobre menstruação
Este é provavelmente mais fácil de falar do que de fazer. Mas a única forma de tornar a menstruação mais comum é falar sobre ela mais abertamente e de forma mais frequente. Quanto mais falarmos sobre a menstruação, mais natural ela vai ficar. As gerações que nasceram com a vergonha da menstruação ainda vão sentir o desconforto, mas essas conversas honestas e abertas são o primeiro passo para aliviar a vergonha e assegurar que as futuras gerações poderão sangrar sem ter que ter vergonha.

De vez em quando eu volto.

Olá pessoal querido.
Por aqui de novo, por nada pode-se dizer, apenas vontade de não abandonar de vez o blog...pensei em exclui-lo de vez, mas acho que não seria legal, tem muitas coisas bacanas por aqui que eu não gostaria de perder e se puder ser útil para alguém, prá que apagar, né?
Acho que nos dias de hoje são poucas as pessoas que leem blogs, os videos são muito mais chamativos e respondem a rapidez e praticidade que pedem esse nosso tempo.
Porém sou uma pessoas um pouco antiga, fiz 40 anos recentemente e ainda gosto de escrever cartas, como eu fazia quando ainda era uma adolescente e inicio da juventude.
Aqui é um pouco esse clima de carta, de me dirigir a um leitor desconhecido....esse é o grande lance, o que dá emoção ao blog.
Não sou fã de câmeras, embora eu tenha e não tenha vontade de fazer videos, por enquanto ainda prefiro aqui.
Uma coisa que há algum tempo tem ocupado boa parte do meu tempo e dos meus pensamentos é a questão do sagrado feminino e de como as mulheres hoje lidam com seus próprios corpos e como a alimentação interfere nesse processo.
Eu sempre gostei de comida saudável, embora nem sempre eu como da forma que eu gostaria e tenho uma pretensão oculta de ser parcialmente vegetariana ou ovo-lacto-vegetariana, embora eu não goste de rótulos e por isso não o use, costumo comer bem pouca carne no meu dia-a-dia, sigo páginas e sites sobre veganismo e afins, faço receitas e me sinto bem comendo dessa forma, as vezes tenho vontade de carne e não me sinto culpada por isso, acho que esse é o real motivo de não me dar rótulos, pois, sei que não vou quebra-los e assim , não me sentirei culpada.
De qualquer forma, foi lendo sobre comida saudável e como me sentir bem com meu próprio corpo que me deparei com uma questão deveras importante: a forma como lidamos atualmente com a contracepção e tudo que envolve isso: ciclo menstrual natural sendo tratado como uma situação abominável.
Eu não tenho certeza se vou conseguir expressão tudo o que sinto nesse mais ou menos um ano que venho lendo sobre o assunto e mudando minha postura e percepção sobre o tema, acho que vou postar um texto que escrevi e algumas coisas que tenho encontrado na rede.
O que tenho a dizer é que é uma rede de complexidade tão grande que fica dificil combate-la de fato - o feminismo não dará conta, o anti-feminismo não dará conta e o sagrado feminino também não dará conta.
Eu creio profundamente que para as mulheres se libertarem das amarras que as fazem se sentir impotentes diante das suas próprias escolhas e que as tomam como incapazes de fazer escolhas boas para si sem serem tutoreadas só serão efetivas quando conseguirmos tomar posse dos nossos próprios corpos e isso é um posicionamento tanto pessoal e intransferível que me empodera enquanto ser-humano consciente e consequente dos meus próprios atos e escolhas quanto um posicionamento politico, no sentido de união, de disseminação, de educação de trabalharmos sempre em prol umas das outras.
Não sei se me  fiz entender totalmente, mas para mim, menstruar passou a ser um ato de coragem, um ato sagrado e uma bandeira a ser erguida, não aceito mais que me digam "estou naqueles dias", "estou de chico" ou qualquer outra coisa, eufemismos desnecessários.
Eu menstruo e quero que continue assim.
Me preocupo que jovens de 15 anos tomem pilula anticoncepcional a fim de parar de mesntruar sem saber os maleficios que trazem; me preocupo que não conheçam outras formas seguras de contracepção e que não responsabilizem seus parceiros por isso e a fim de evitar doenças.
Me preocupo que a estética e o fim das pequenas cólicas possa ser mais importante que ter seu humor controlado, saber como seu corpo se comporta, ter uma vida sexual saudável...
Me preocupa que os saberes antigos estejam sendo deixados de lado em prol de medicamentos artificiais, me preocupa que essa sabedoria seja extinta se não for repassada, se não for distribuida graciosamente como chegou até mim.
Me preocupa como viverão minhas alunas e minha filha quando tiverem minha idade se não receberem informações corretas e que as façam se sentirem seguras em relação a essas questões tão intimas e ao mesmo tempo tão gerais de todas nós.
Enfim, por esses tempos, esse será o tema, ciclos femininos....lua, sagrado....sangue bom.


BALEIA AZUL - O QUE VOCÊ NÃO SABE!





Não sou grande fã do Felipe Neto, mas acho o tema importante e gostei da abordagem dele.